Foi registrado recorde de exportação de produtos do agronegócio no 1º semestre deste ano
O levantamento intitulado Projeções do Agronegócio – Brasil 2022-2023 a 2032-2033, feito pela SPA (Secretaria de Política Agrícola), ligada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), prevê que Brasil deve registrar aumento de 24,1% na produção de grãos nos próximos dez anos. O estudo tem como parceiro a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Se consumada, a alta representará 75,5 milhões de toneladas a mais, chegando ao total de 390 milhões de toneladas mandadas para fora do País. A projeção também é de crescimento na área plantada, passando de 77,5 milhões de hectares usados hoje para cerca de 92 milhões de hectares no período, conforme a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). De acordo com o ministério, esse crescimento na produção de grãos deverá ser de 2,4% por ano.
O mais recente LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), de junho de 2023, elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelou que a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar novo recorde neste ano, chegando ao total de 305,4 milhões de toneladas. Inclusive, o Mapa divulgou recentemente que houve exportação recorde na exportação de soja nos primeiros seis meses deste ano, com 13,8 milhões de toneladas enviados ao Exterior, quantidade que mostra aumento de 37,9% em relação a 2022.
Para se ter ideia do potencial de produção brasileira, houve recorde de exportação de produtos do agronegócio no primeiro semestre deste ano, atingindo a marca de US$ 82,8 bilhões, alta de 4,5% na comparação com os mesmos seis meses de 2022, com US$ 79,2 bilhões. E os cinco produtos do segmento do agronegócio mais vendidos ao Exterior são a soja, o açúcar, as carnes bovina e de frango, celulose, conforme explica o ministério.
SOJA
A soja em grão apresentou recorde de envios ao Exterior em junho, com 13,8 milhões de toneladas, quantidade que representa aumento de 37,9% na comparação com o mesmo mês de 2022. O valor exportado registrou US$ 6,8 milhões, aumento de 9,3%, também recorde para os meses de junho. Conforme explicação do ministério, o volume só não foi maior devido ao recuo do preço médio de exportação, de 20,7%.
AÇÚCAR
Houve recorde também nos envios ao Exterior do açúcar no primeiro semestre, porém, em valor, de US$ 1,4 bilhão, crescimento de 51,4% em relação ao mesmo período de 2022. O produto mostrou, também, aumento de 23,1% dos volumes e 22,9% dos preços médios de exportação. Os preços internacionais do açúcar aumentam desde novembro de 2022, influenciados por “disponibilidade mais apertada” no mundo. No último mês de maio, chegaram ao patamar mais baixo desde outubro de 2011, de acordo com o índice de preços da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
CARNE BOVINA
A principal carne exportada foi a bovina in natura, cujas vendas internacionais somaram US$ 974,1 milhões no primeiro semestre de 2023, crescimento de 26,4% nos volumes exportados e diminuição de 26% nos preços médios. O principal destino do produto foi a China, com 70,2% das exportações em volumes. “US$ 698,52 milhões (-7,1%), e 135,37 mil toneladas (+32,0%)”, informou a pasta.
CARNE DE FRANGO
Já a carne de frango in natura somou em exportação US$ 835,8 milhões, recuo de 6,2% em relação aos seis primeiros meses de 2022, e queda de 9,8% nos preços médios em junho, mas alta de 4% em volume. A China também foi o principal destino, cujas vendas aos asiáticos totalizaram US$ 155,8 milhões, alta de 28,7%, 14,9% de participação e 35,4% dos volumes exportados; seguida de Japão, com US$ 97,6 milhões.
CELULOSE
Por fim, a celulose também apresentou recorde exportação, desta vez em volume, com 1,5 milhão de toneladas, aumento de 6,3%, totalizando US$ 652,3 milhões, crescimento de 2,4%. China, Estados Unidos e EU (União Europeia) normalmente concentram as exportações do produto, com 78,4% de participação em quantidade em junho de 2023.
