Mapa revela que haverá recorde de faturamento em feijão, soja, cana-de-açúcar e tomate
O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informa que o valor bruto da produção faturado no setor de agropecuária em 2023 atingiu a marca de R$ 1,2 trilhão, resultado 4,7% superior se comparado ao ano passado, que registrou R$ 1,1 trilhão. O número tem como base as informações de safras de abril e foi revelado na última semana.
A estimativa de faturamento para a lavoura está em R$ 868 bilhões, que é maior que o VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) desde 1989. O aumento real do VBP das lavouras é de 8% se comparado ao ano passado. Já a pecuária tem previsão de recuo de 2,6% em relação a 2022, com estimativa de faturamento de R$ 375 bilhões neste ano, informa o ministério em nota no portal.
Haverá recorde de faturamento, conforme explica a pasta, em uma série de produtos, como, por exemplo, feijão, soja, cana-de-açúcar e tomate. Milho, soja e cana-de-açúcar devem ser responsáveis por 72% do VBP das lavouras.
Além desses, outros produtos têm apresentado desempenho considerado “bom” pelo ministério, com aumento no VBP, entre eles mandioca, com 37,3%; laranja, com 28,3%; feijão, com 20,9%, banana, com 14%, amendoim, com 11,2%; e cacau, com 8,2%.
Em à pecuária, a pasta informa que o segmento mostra-se favorável para suínos, ovos e leite. As carnes tanto a bovina quanto a de frango têm apresentado recuo na produção. Já os preços na agricultura estão acima dos praticados em 2022 para diversos itens, como arroz e feijão, essenciais à mesa do brasileiro, além de banana, cacau, cana-de-açúcar, laranja, mandioca e tomate.
Quanto às exportações, o Mapa revela que o mercado exterior gerou receita de US$ 50 bilhões no período de janeiro a abril deste ano. “A tendência é de beneficiar os produtos exportados e dessa forma trazer uma significativa contribuição à balança comercial. Foram particularmente beneficiados com o comércio internacional os Estados de Mato Grosso, com, 21,4% das exportações; São Paulo, com 15,3%; Paraná, com 10,81%; Rio Grande do Sul, com 9,17%; e Minas Gerais, com 8,58%”, encerra a nota.
CRÉDITO RURAL
O Mapa também informa em seu portal que houve aporte do governo federal na ordem de R$ 200 milhões com objetivo de reforçar o Plano Safra 2022/2023, ainda em vigor. De acordo com o ministério, portaria do governo, por meio do Ministério do Planejamento e Orçamento, publicada no último dia 11 de maio, do montante, R$ 89,1 milhões serão destinados para operações de custeio na agropecuária.
Os R$ 110,8 milhões restantes deverão ser alocados para investimentos. “Recursos suplementares deverão permitir a equalização de cerca de R$ 8,4 bilhões para aplicação em programas de financiamento do Moderfrota, irrigação e demais investimentos e custeio”, informa a nota.
Ao portal do Mapa, o chefe da pasta, Carlos Fávaro, disse que a suplementação foi necessária para atender à demanda dos produtores por crédito. “Esses recursos serão suficientes até a chegada do novo Plano Safra, que estamos trabalhando para que não tenha essa deficiência”, prevê o ministro. O desembolso do crédito rural atingiu R$ 290,4 bilhões nos primeiros dez meses do Plano Safra, acrescenta a nota.