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Produção de grãos no Brasil será de 390 milhões de toneladas

Foto/Imagem: Foto: Group Publishing

Produção de grãos

Projeção é de aumento de 24% em dez anos, ou 75,5 milhões de toneladas a mais no período

A produção de grãos no Brasil deve aumentar 24,1% nos próximos dez anos, o que representa 75,5 milhões de toneladas a mais, alcançando total de 390 milhões de toneladas, com soja, milho e algodão sendo as principais lavouras impulsionadoras para o crescimento. A área plantada deve aumentar dos atuais 77,5 milhões de hectares, conforme informe da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), para 92,3 milhões de hectares no mesmo período.

É o que consta em estimativa no estudo Projeções do Agronegócio – Brasil 2022-2023 a 2032-2033, elaborado pela SPA (Secretaria de Política Agrícola), vinculada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Segundo a pasta, esse aumento na produção será obtido a uma taxa de crescimento de 2,4% por ano. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (21).

“A adição dos 14,7 milhões de hectares à área plantada de grãos poderá vir da conversão de áreas atualmente degradadas, particularmente, oriundas de pastagens extensivas, entre outras possibilidades, que evitem afetar a cobertura vegetal do País. De acordo com a análise da pesquisa, 78% da expansão da área plantada deverá ocorrer com o cultivo da soja”, informa o Mapa em seu portal. 

Para se ter ideia, o último LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 305,4 milhões de toneladas. O próprio Mapa divulgou na última semana que houve exportação recorde de soja em 2023, com 13,8 milhões de toneladas mandados para fora do País, número que representa crescimento de 37,9% se comparado ao mesmo mês de 2022.

A colheita de soja deverá ser responsável por 78% do crescimento da área plantada. O ministério estima que sejam colhidas 186,7 milhões de toneladas da oleaginosa entre 2032 e 2033. O número representa aumento de 20,6%, em relação à produção de 2022-2023. A pasta alerta que, mesmo as estimativas do agronegócio mostrarem “enorme potencial de crescimento” do ramo, será preciso aumentar os investimentos em pesquisa.

Em relação ao milho, o ministério informa que a colheita também deverá ser influenciada pelo uso crescente do grão para a produção de biocombustíveis, como biodiesel e etanol de milho. De acordo com o documento, a produção total projetada do milho para 2032-2033 é de 160 milhões de toneladas, crescimento de 27% se comparado com o que foi produzido na safra de 2022-2023.

“As exportações e a demanda de milho para a produção de etanol serão duas importantes forças a estimular o cultivo. O milho adquire importância crescente como matéria prima e como alimento. Brasil e Estados Unidos deverão liderar juntos as exportações mundiais de milho, estimadas em 69 milhões de toneladas por país. Corresponde a uma participação nas exportações de 30% para cada um dos países”, explicou o ministério.

Já o algodão em pluma tem estimativa de cultivo de 3,6 milhões de toneladas, o que representa alta de 26,8% de produção do produto. Os Estados de Mato Grosso e Bahia respondem atualmente por 90% da produção do País. “Espera-se que o aumento da produtividade seja impulsionado por melhoramento genético, melhores práticas agronômicas, novas tecnologias e agricultura de precisão”, supõe a pasta.

Por fim, o ministério estima que a produção de carnes, tanto bovina quanto suína e de frango, seja de 6,6 milhões de toneladas a mais entre 2022-2023 e 2032-2033, o que mostra 22,4% de crescimento, saltando dos atuais 29,6 milhões de toneladas para 36,2 milhões de toneladas. As que devem apresentar maiores volumes de aumento nos próximos anos devem ser as de frango e também as suínas. As de frango devem aumentar 28,1%, enquanto as suínas, 23,2%

A carne bovina tem estimativa de crescimento de 12,4% na produção, “embora o Brasil continue liderando o mercado internacional do produto, suprindo 28,5% do consumo mundial”. Ainda conforme o documento do Mapa, o crescimento da produção de carnes no País deverá ser pressionado com o aumento do mercado interno e das exportações. “Cerca de 35,5% da produção de carne de frango; e 14,8% da carne suína terão, como destino, o mercado interno. Embora o Brasil seja um grande exportador para diversos produtos, o consumo interno será relevante”, conclui o ministério.

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